Compositor: Alberto Cortes
Num rincão da alma
aonde tenho a pena
que o teu adeus deixou
Num rincão da alma,
ainda se enfada o poema
que nosso amor criou
Num rincão da alma,
faz falta tua presença
que o tempo me roubou
Teu rosto, teus cabelos,
em tantas nossas noites
minha mão acariciou
Num rincão da alma
me doem os "te amo"
que tua paixão me deu.
"seremos muito felizes",
"nunca te deixarei",
"sempre serás meu amor".<
Num rincão da alma
também guardo o fracasso
que o tempo me brindou;
o condenou em silêncio
a buscar um consolo
para meu coração
Me parece mentira,
depois de haver amado
como eu amei
Me parece mentira,
encontrar-me tão só
como me encontro hoje
para que serve a vida,
se a um pouco de alegria
sobrevem uma grande dor
Me parece mentira,
que nem nesta noite
escutarei tua voz
Num rincão da alma
onde tenho a pena
que o teu adeus deixou
Num rincão da alma,
ainda se enfada o poema
que nosso amor criou.
Com as coisas mais belas
guardarei tua lembrança
que o tempo não logrou
tirá-la da minha alma,
a guardarei até o dia
em que eu me vá